quarta-feira, dezembro 29, 2010
RECEITA DE ANO NOVO
Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia, se ama, se compreende, se trabalha,
Você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens? passa telegramas?)
Não precisa fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.
Carlos Drummond
sábado, dezembro 25, 2010
PÉTALAS CAÍDAS
quarta-feira, dezembro 22, 2010
SESSENTA VERÕES...
Desejei tanto a Lua, que meu anjo me entregou de presente de aniversário,um caminho para chegar até ela!!!
Esse caminho foi feito com as minhas longas e velhas amizades, com os novos amigos que conquistei durante esse ano...
Recomecei outras tantas vezes, tenho o carinho de meus filhos, ex amores, e levo a certeza de que cada dia que passa me torno um ser melhor...
Acredito que na vida tudo é lucro...faço de cada passagem e experiencia um aprendizado para dias melhores.
Agradeço a Deus a oportunidade de renovar mais um verão em minha vida e poder dividir todo o calor que abastece meu coração com pessoas tão queridas e que fizeram e continuam a fazer a diferença ....
Cheguei a terceira idade com a garra, a força e a alegria de uma criança!!!
Estou muito feliz!!!!!
Laurinha
Esse caminho foi feito com as minhas longas e velhas amizades, com os novos amigos que conquistei durante esse ano...
Recomecei outras tantas vezes, tenho o carinho de meus filhos, ex amores, e levo a certeza de que cada dia que passa me torno um ser melhor...
Acredito que na vida tudo é lucro...faço de cada passagem e experiencia um aprendizado para dias melhores.
Agradeço a Deus a oportunidade de renovar mais um verão em minha vida e poder dividir todo o calor que abastece meu coração com pessoas tão queridas e que fizeram e continuam a fazer a diferença ....
Cheguei a terceira idade com a garra, a força e a alegria de uma criança!!!
Estou muito feliz!!!!!
Laurinha
domingo, dezembro 19, 2010
UM DOCE E SUAVE...
Graças ao espírito natalino encarnado e visível nos comércios e nas propagandas, a televisão despertou-me para a proximidade de mais um Natal.
Faz muito tempo que se dissipou em minha mente a dúvida de Machado de Assis. Obviamente, mudei eu.
O Natal permanece como aquele reincidente momento do fim do ano em que a maior parte do rebanho vai às compras, distribui e recebe presentes, envia cartões e e-mails, faz votos de saúde e paz, auxilia os necessitados, consola a infância e aos velhos desfavorecidos, dedica-se aos comes e bebes, e aciona o papai Noel para contentar as crianças que têm a sorte de contar com sua generosa visita clandestina, no meio da noite.
O corpo material do Natal fica visível nessas manifestações ostensivas nos finais dos dezembros e parece haver uma vaga bonança no intervalo entre rotineiras, assíduas e duradouras tempestades desencadeadas pelo comportamento humano ao longo do ano.
Mas o espírito do Natal, que deveria permanecer sempre, dissipa-se já pelos ventos de cada envelhecido Ano Novo.
Amor, respeito, compreensão, fraternidade, tolerância, paciência e solidariedade ou rareiam ou abandonam a alma de tantos, ao menos até o próximo Natal.
Mudei eu, abatido pelo sentimento inevitável de quem busca as ausências que povoaram nossas vidas nos cálidos momentos, nos trechos de felicidade, nos instantes de alegria, na consumação sublime do Amor.
Mudei eu, irreversível nostálgico dos momentos que não voltam mais. Criaturas amadas que se perderam na morte ou no abismo das distâncias ou do desconhecido marcam o Natal com um inafastável sentimento de tristeza pois habitam em mim infinitas saudades e um invencível temor do amanhã.
Mas também resiste uma doce alegria diante da presença de criaturas amadas que permanecem e se renovam e se multiplicam num cálido envolvimento de amor. Esse amor coexiste com saudades e lembranças que se assentam ali, naquele espaço da noite, de onde, enternecido e mudo, a tudo vê este meu antigo coração.
Na integração das coisas novas e antigas, dos instantes já vividos com o momento presente, do passado com o agora, descubro que eu sou outro ou talvez seja o mesmo homem, na história de cada Natal.
Mas existe um traço imutável. O amor que une as criaturas que permanecem é o mesmo que se transforma na saudade das vidas que partiram ou se afastaram. E essas presenças e ausências invadem meu coração. Eu as vislumbro no tempo de ontem e de agora, no sempre e no infinito, ao alcance dos meus olhos ou ocultas onde não sei, turbilhão de encontros e desencontros, flores e espinhos, luz e trevas, dor e felicidade...
O tempo passa, a vida passa, e os sentimentos de minha alma e de minha mente gritam ou sussurram neste texto para os espaços infinitos possíveis de ouvir minha voz: Um doce e suave Natal, para sempre.
Vicente Cascione
sábado, dezembro 18, 2010
SOBREVIVI...
Sobrevivo de histórias boas e más contadas. Dos dias de sol e também das infinitas noites estreladas. Sobrevivo do calor dos dias e também das madrugadas frias. Sobrevivo dos amigos que encontro e dos inimigos que perco... do que sei que é bem certo e de tudo aquilo que desconheço. Sobrevivo do bem e do mal, do que me faz igual e do que me torna desigual. Sobrevivo da esperança na paz e da certeza incomensurável da guerra... dos momentos de achar imediatamente e dos momentos de grande espera. Sobrevivo de encontros e desencontros... de fatos e contos... de erros e pontos. Sobrevivo de cafés (para me manterem acordado); de vinhos (para me manterem embriagado); de poemas (para me manterem apaixonado) e de muitas e muitas paixões (para me manterem vivo). Por fim... sobrevivo acreditando que pouco importa o estado de espírito de todos aqueles que me cercam, acreditando que o mais importante é o meu estado de espírito, o meu melhor estado de espirito. Acreditando que o mais importante é sobreviver sempre e acima de tudo... eternamente feliz dentro de mim mesmo!
Adriano Hungaro
terça-feira, dezembro 14, 2010
REFLETINDO...
sábado, dezembro 11, 2010
sexta-feira, dezembro 03, 2010
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